Por que um geógrafo deveria se preocupar em demonstrar a existência de elfos, dragões e unicórnios? E, afinal, qual seria a importância de sua existência para a geografia? A resposta mais genérica a essas perguntas é que, se a poesia é realmente mais filosófica do que a história, como argumenta Aristóteles, pode-se dizer também que a geografia imaginária é muito mais abrangente do que a geografia convencional, uma vez que aquela abarca os mesmos objetos desta, e ainda nos conduz e apresenta a novos objetos. Isto é, a existência desses seres imaginários carrega uma importância crucial para a geografia, pois, como disse Tolkien, todos eles habitam, não em um vácuo escuro e disforme da abstração, mas em um vívido e encantado reino imaginário, que contém — antes deles — o sol, a lua, o homem, o pão e o vinho.
Livraria Alexandre Costa
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